As eleições na Colômbia estão marcadas para o dia 29 de maio de 2022, quando os colombianos terão que escolher um novo presidente que liderará o país pelos próximos quatro anos. O atual presidente, Iván Duque, não pode concorrer à reeleição e as votações acontecem em um momento crucial da história política do país. A Colômbia enfrenta desafios enormes em termos de segurança, economia e desigualdade social, desafios esses que têm criado tensões e divisões na sociedade.

Até agora, são 23 candidatos homologados para disputar o pleito presidencial de 2022, incluindo políticos de esquerda, direita e centro, alguns dos quais já participaram anteriormente de outras eleições, incluindo Petro, Gustavo Francisco, o atual prefeito de Bogotá, Claudia López, entre outros.

Apesar do grande número de candidatos presidenciais, alguns constam na liderança das pesquisas de opinião, como é o caso de Sergio Fajardo, Ariel Ávila, Juan Manuel Galán e Gustavo Petro, que lidera a lista segundo a maioria das pesquisas. Petro é um ex-guerrilheiro do grupo M19 que se tornou prefeito de Bogotá e senador. Sua candidatura é voltada para a defesa dos direitos sociais e econômicos da população mais pobre, além dos direitos das minorias étnicas e dos povos indígenas.

No entanto, a campanha presidencial de Petro vem sendo alvo de duras críticas e conflitos políticos, principalmente por grande parte das forças políticas conservadoras do país, que temem a ascensão do candidato da esquerda radical. Muitas campanhas eleitorais deste ano têm sido marcadas por intensos debates entre candidatos e seus apoiadores, além de confrontos violentos entre defensores e oponentes das candidaturas.

Outros fatores que podem ter impacto significativo nas eleições no próximo ano é a recente onda de protestos que ocorreram na Colômbia em 2021 e a recente decisão da Suprema Corte do país de declarar inconstitucional a reforma tributária proposta por Duque.

Os recentes protestos que eclodiram em todo o país foram convocados por organizações de direitos humanos, movimentos sociais e sindicatos que demandavam melhores condições de vida, especialmente em relação à saúde e à educação pública, e a abordagem das crescentes desigualdades socioeconômicas. A reação do governo às manifestações foi criticada por muitos, devido à violência excessiva por parte da polícia.

Os desafios socioeconômicos que o próximo presidente terá que enfrentar também são significativos. A Colômbia tem experimentado alta taxa de pobreza e desemprego, com agravamento da situação devido à pandemia da COVID-19, além da necessidade de lidar com a violência dos grupos armados nas regiões rurais e urbanas do país.

Contudo, a Colômbia também tem mostrado sinais de progresso nos últimos anos, incluindo um acordo de paz histórico com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em 2016 e o crescimento econômico constante nos últimos trimestres.

Com tantos desafios em jogo, a eleição presidencial na Colômbia em 2022 será um teste significativo não apenas para os candidatos, mas para todo o país. A decisão que os eleitores tomarem em maio próximo pode ter um impacto enorme no futuro da nação e sua busca contínua por paz, progresso e justiça social.