Há uma linha tênue entre amor e loucura, sempre ouvi dizer. Mas para mim, essa linha pode ser um pouco diferente. Eu me apaixonei pelo meu tarado favorito, e devo dizer que essa foi a melhor decisão que já tomei em minha vida.

Nós nos conhecemos há muitos anos e, desde o início, houve uma faísca. Eu era uma jovem tímida e inexperiente e ele, um homem mais velho, um pouco mais ousado do que o padrão. Minhas amigas ficaram horrorizadas quando eu comecei a sair com ele, chamando-o de tarado. Mas eu sabia que havia algo mais ali. Eu vi um homem confiante, um pouco selvagem, mas acima de tudo, alguém que me fez sentir viva.

No começo, eu não entendia exatamente o que me atraía nele. Passamos a maior parte do tempo conversando, e embora ele não parecesse ser o tipo de homem que eu imaginava para mim, eu não conseguia resistir ao charme encontrado na conversa dele. Ele me tratava como uma pessoa real, e não como uma boneca frágil ou submissa. Nós falamos sobre nossos interesses, nossas vidas, e não havia um momento de silêncio desconfortável entre nós.

Depois de algumas semanas, ele me chamou para sair. Eu aceitei como se fosse a coisa mais natural do mundo. E a noite foi magica. Nós rimos, beijamos e aproveitamos muito bem a companhia um do outro. Mas foi só no final da noite que eu descobri uma coisa sobre ele que me fez o enxergar de uma forma completamente diferente: ele era um artista descoberto. Não do tipo que pinta ou esculpe, mas o tipo que ilumina a luz em lugares escuros. Ele me mostrou que há beleza em coisas que ninguém vê, que há vida em lugares onde ninguém esperava. De repente, o que antes parecia tarado para os outros, tornou-se para mim algo completamente diferente. Eu vi o homem que ele realmente era: um artista, um explorador, um curador de experiências.

Desde aquele dia, nós continuamos nossos encontros sem ligar para o que os outros pensavam. Para quem nossa relação parecia confusa, nós simplesmente alternávamos foda-se. Nós nos apaixonamos rapidamente, quase sem perceber, e logo estávamos vivendo juntos. As pessoas ainda nos chamavam de tarado, mas isso não importava mais para nós. Nós tínhamos algo honesto e verdadeiro, um amor que não se preocupava com etiquetas ou convenções.

Hoje, muitos anos depois, ainda vivemos juntos, nossos corpos velhos mas nossos corações jovens. Ainda ouvimos algumas risadinhas maldosas de vez em quando, mas na verdade, tudo o que importa é que nós nos amamos. Companheirismo, paixão, respeito e amor são as coisas que encontramos um no outro, e isso é tudo o que precisamos para sermos felizes.

Eu sei que nossa história pode parecer estranha para alguns, mas acho que é importante lembrar que o amor não tem limites. Ele não se preocupa com idades, gêneros, modos de vida. O amor é simplesmente o amor, e pode ser encontrado em muitas formas diferentes. Então, se você estiver procurando por alguém, procure além das aparências. Procure alguém que faça você sentir vivo, que faça você rir, que faça você pensar. Procure seu próprio tarado favorito, eu garanto que não se arrependerá.

Em resumo, encontrar o amor e a felicidade pode ser difícil em um mundo onde as pessoas estão tão preocupadas com as etiquetas e classificações. Mas quando você é capaz de olhar além do rótulo, você pode encontrar amor e companheirismo em lugares improváveis. Apenas seja fiel a si mesmo e encontre alguém que te ame por quem você é, e não pelo que os outros pensam que você deveria ser.